segunda-feira, 26 de março de 2012

Proteção da fauna marítima é tema de encontro entre Sarney e pesquisadora da National Geographic


A proteção da fauna marítima foi um dos temas tratados pela pesquisadora-residente da National Geographic, a oceanógrafa americana Sylvia Alice Earle, em reunião com o presidente do Senado, José Sarney nesta manhã. O presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, deputado Sarney Filho (PV-MA) participou do encontro ao lado do presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, Roberto Klabin; do diretor do Programa Marinho da Conservação Internacional (CI) no Brasil, Guilherme Dutra; do diretor do Fórum Mundial de Sustentabilidade, Roberto Vámos; da senadora Ana Amélia (PP-RS) e da vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES). "O Brasil é o coração azul do planeta". Com essa frase, Sylvia Alice Earle, de 77 anos, iniciou a conversa com José Sarney. Ela acrescentou "O país tem um grande território, mas também uma enorme área marítima sob sua responsabilidade. É preciso políticas que evitem a exploração predatória dessa área." Sylvia Earle é uma celebridade mundial na oceanografia com mais de 60 expedições marítimas pelo mundo. Sylvia acabara de chegar de Manaus (AM) onde participou do 3º Fórum Mundial de Sustentabilidade onde cerca de 900 líderes empresariais, políticos e ambientalistas discutiram "Economia Verde e Desenvolvimento Sustentável". A pesquisadora relatou a Sarney que a conferência em Manaus "despertou nas pessoas a necessidade de se dedicar a outra parte do Brasil que está submersa (numa alusão à área marítima sob responsabilidade do Brasil). "Não podemos esquecer que os peixes é que mantém os oceanos vivos e são os oceanos que nos mantém vivos", afirmou. Sarney salientou a importância da presença de Sylvia no Brasil por acreditar que como pioneira das causas ambientais, despertará na juventude a consciência de se viver com sustentabilidade. "Foram os homens que viram as luzes de um lugar mais alto, quando chegaram a lua. Mas é a senhora, que foi às maiores profundidades, que viu as cores onde não existem luzes", afirmou Sarney ao citar o recorde para mulheres de mergulho em profundidade solo em um submersível: 1.000 metros (3.300 pés), conquistado pela oceanógrafa. O deputado Sarney Filho lembrou que a presença de Sylvia no Brasil, neste momento, "é bastante oportuna já que estamos discutindo alterações nas leis que regem nossa conduta ambiental". Roberto Klabim sugeriu que o Senado adote postura semelhante a da Câmara. "O deputado Zequinha está instituindo um Grupo Parlamentar do Mar. Seria ótimo algo parecido no Senado". O deputado, por sua vez, asseverou que "as ameaças aos ecossistemas marinhos nem sempre têm a mesma visibilidade do que ocorre nas florestas", indicando que os manguezais nas costas brasileira vem sofrendo por conta de exploração predatória.

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