quarta-feira, 30 de maio de 2012

Carolina Bahia

Rumo à cassação

Depois de tudo que veio à tona nos últimos meses, o Conselho de Ética tem obrigação de acolher o pedido de quebra de decoro contra Demóstenes Torres. A fraca defesa apresentada pelo senador só contribui para que os integrantes do colegiado não hesitem. Aliás, o voto aberto vai permitir que a sociedade acompanhe de perto as conclusões. Como um senador que se dizia probo tinha a conta de um celular paga por um bicheiro? Tem razão o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) quando afirma que não faz diferença se a conta era de R$ 50 ou R$ 1. A indignidade é a mesma. E como acreditar que Demóstenes, um experiente político de Goiás, era amigo íntimo de Cachoeira sem saber das suas ligações com o jogo de azar? O senador faz de tudo para salvar o mandato e, por consequência, o foro privilegiado. Tanto que já articula para conseguir votos favoráveis em plenário, onde a sessão de cassação será secreta. Mas aí o que estará em jogo é o prestígio de todo o Senado.

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