segunda-feira, 25 de junho de 2012

Para Sarney, afastamento do Paraguai do Mercosul foi ato ‘didático’


O presidente do Senado, José Sarney, afirmou, nesta segunda-feira (25), que há um sentido “didático” na decisão do Brasil e demais países do Mercosul de suspender a participação do Paraguai no bloco até as próximas eleições presidenciais naquele país, em abril de 2013. A medida foi uma resposta ao impeachment do presidente Fernando Lugo, aprovado em apenas dois dias na semana passada pelo Congresso paraguaio.
- Acho que é medida que tem um sentido didático para desestimular providências desta natureza que ocorreram não só no Paraguai, mas em muitos países estão ocorrendo. Então, nós também temos que estar atentos a essas outras circunstâncias - destacou.
Sarney salientou que a decisão foi tomada em conjunto pelos integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e observou que, como membro do bloco econômico e político, o Brasil não faria qualquer movimento sem consultar os parceiros. Disse ainda que somente o governo da presidente Dilma Rousseff poderia avaliar a posição assumida. Como já havia dito na última sexta (22), Sarney destacou que Lugo não dispôs de tempo adequado para enfrentar as acusações contra ele. Mas, observou Sarney, ao aceitar rapidamente seu afastamento, o próprio Lugo deu sinais de perda das condições políticas para um eventual retorno ao poder. Ainda assim, Sarney considera impossível aceitar como normal o processo conduzido contra o então presidente paraguaio.
- Em muitos lugares, os governantes, em algum momento, não têm condições de gerir o processo político, mas nem por isso eles devem ser afastados – afirmou.
Questionado quanto à conveniência de uma antecipação das eleições presidenciais no Paraguai para a restauração da normalidade político-institucional, Sarney disse que essa é uma questão interna ao país. Em sua opinião, cabe apenas aos paraguaios avaliar e decidir sobre o assunto.
- Agora, nós devemos manter nossa posição de condenação, porque realmente isso não foi [a condução do impeachment] um processo democrático normal – afirmou.

Agência Senado

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