terça-feira, 17 de julho de 2012

Secretaria de Comunicação do Senado Federal

Cartas à Imprensa

Data:14.07.12
Veículo:Revista Veja

Antítese cassada

Demóstenes Torres, um implacável defensor da ética no Parlamento, perdeu o mandato por falta de decoro, depois de reveladas suas relações com Carlos Cachoeira
Adriano Ceolin


Em  nove anos de atividade  parlamentar, Demóstenes Torres construiu a imagem de um político-modelo. Defensor intransigente da ética, astuto e bem relacionado, era respeitado entre seus pares. Foi campeão de votos em 2010 e alçado a líder da oposição ao governo no Congresso Nacional (...)
Publicamente Demóstenes se comportava como um vigilante(...)
Quando se descobriu que o ex-presidente do Senado Renan Calheiros tinha as contas pagas por um empreiteiro, Demóstenes tomou a tribuna para pedir sua cassação. O mesmo ocorreu quando o escândalo dos atos secretos expuseram o atual presidente do Congresso, José Sarney. Novamente Demóstenes agiu de forma implacável. Renan foi absolvido no plenário e as representações contra Sarney não chegaram sequer a virar processo no Conselho de Ética, apesar das incontestáveis evidências contra ambos. Esse comportamento intolerante lhe rendeu prestígio, mas muitos desafetos (...)


ESCLARECIMENTO
Renovada à exautão, tese não se sustenta
À 

Revista Veja


Senhor Editor,

Fazendo uso de uma retórica fácil – até irresponsável com os fatos sobejamente divulgados -, matéria assinada pelo repórter Adriano Ceolin, na revista Veja (Antítese cassada), afirma: “Renan foi absolvido no plenário e as representações contra Sarney não chegaram sequer a virar processo no Conselho de Ética, apesar das incontestáveis evidências contra ambos”.
Renovada à exaustão, a tese de que o Conselho de Ética do Senado Federal atuou contra as “incontáveis evidências” não se sustenta. Como é de amplo conhecimento do sr. Ceolin, todas as providências e esclarecimentos, sempre pautados em documentos, estão disponibilizadas no link: http://www.senado.gov.br/senado/presidencia/anexos/verdade3.swf
De outro lado, também de conhecimento da revista, as representações contra o presidente Sarney foram arquivadas por falta absoluta de provas e fundamento. Não apresentavam nenhum documento, apenas repetiam notícias de jornais. Quanto ao “escândalo dos atos secretos”, em respeito aos leitores de Veja, informamos que os atos não publicados foram identificados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), contratada pelo presidente Sarney para elaborar projeto de reestruturação administrativa do Senado. A imprensa foi informada, em entrevista coletiva no dia 12 de maio de 2009, da existência destes atos em relatório entregue pela FGV. Informado, José Sarney criou comissão de sindicância para apurar os fatos. Também a pedido dele, a Procuradoria Geral da República e o Tribunal de Contas da União integraram-se à comissão. O grupo de técnicos constatou a existência de 952 atos que não tiveram a respectiva publicidade, obedecendo a seguinte cronologia por presidências do Senado:

Nos dois períodos em que a Casa foi presidida por José Sarney, constam 16 atos (do total de 952), sendo somente dois assinados por ele que tratavam de assuntos da rotina administrativa. Também por decisão de José Sarney, inquérito foi aberto sobre essa irregularidade e os responsáveis foram punidos.


Fernando Cesar Mesquita

Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal

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