quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Parlamentares avaliam prorrogação do desconto do IPI

Parlamentares da oposição afirmaram que prorrogação do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) mostra que governo não tem estratégia para o desenvolvimento econômico sustentável. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, nesta quarta-feria, a prorrogação do desconto do tributo na compra de carros novos, geladeiras, fogões, lavadoras, móveis e material de construção. O desconto para carros, que terminaria nesta sexta-feira, foi prorrogado até 31 de outubro. O desconto para eletrodomésticos da linha branca foi prorrogado até 31 de dezembro e o do material de construção vai até o fim de 2013. O governo também zerou o imposto da maioria dos bens de capital (máquinas industriais que produzem os objetos de consumo da população) até o fim de 2013. O líder da Minoria na Câmara dos Deputados, deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), assinalou que as medidas funcionam apenas a curto prazo. “Pode resolver no curtíssimo prazo, pode significar um estímulo, pode significar artificialmente que estamos turbinando a economia por alguns meses, mas não é sustentável.” Na opinião do parlamentar, o governo deveria se preocupar em aumentar a produtividade, a capacidade de concorrência, investindo em tecnologia e estimulando a pesquisa e desenvolvimento para empresas, “para que pudéssemos competir com o que vem do exterior e gerar emprego e renda para o Brasil”, completou. Já o líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), acredita que a continuidade da redução do IPI é uma das medidas que sustentam o Brasil em uma situação mais favorável diante da crise econômica europeia. “Essa política tem de ter continuidade, inclusive tem de se estender para outros setores da economia”. Na opinião do parlamentar, é preciso ter uma cadeia produtiva com desoneração dos impostos com o objetivo de potencializar as exportações, mas também de garantir o consumo interno. “Quem ganha é a população e o País está ganhando.” No total, o governo prevê que vai deixar de arrecadar em impostos r$ 5,5 bilhões neste ano e no próximo. Segundo Mantega, a economia brasileira está em gradual recuperação, mas é preciso continuar dando estímulos.

Agência Câmara

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