terça-feira, 11 de setembro de 2012

Senado abre seminário sobre imaginário luso-afro-brasileiro


O Senado abriu na noite desta segunda-feira (10), na Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho, o 1º Seminário sobre o Imaginário Luso-afro-brasileiro. O seminário, que faz parte das comemorações dos 50 anos da Universidade de Brasília (UnB), segue com eventos até quarta-feira (12), no campus da UnB, com o objetivo de levar ao público a tradição mítico-espiritual de Portugal e do Brasil. Para a diretora-geral do Senado, Doris Peixoto, dividir o espaço da Biblioteca do Senado com a UnB é uma honra. Ela destacou que cerca de 1,5 mil pessoas passam pelo lugar a cada semana e acrescentou que o espaço propicia a realização de quase 70 mil pesquisas por ano. A diretora também elogiou a temática do seminário.
– Falar de Portugal e Brasil é gratificante. Não há como dividir [os países], e todos nós sentimos isso dentro de nós – afirmou.
Representando o presidente do Senado, José Sarney, o embaixador Jerônimo Moscardo elogiou a aproximação do Brasil com países da África, iniciada na década de 1960. Por outro lado, criticou a “atenção exclusiva” que o Brasil tem dado à realização da Copa do Mundo de 2014 e pediu mais investimentos em cultura. Moscardo aproveitou para exaltar a produção cultural e histórica de Portugal.
– Portugal é um país pequeno, mas de realizações planetárias – declarou.

Conceição do Mato Dentro

O lançamento do livro História Viva – Conceição do Mato Dentro marcou a abertura do seminário. De autoria de Loryel Rocha e de Luiz Cláudio de Oliveira, o livro traz, em quase 400 páginas, textos e fotos sobre a história da cidade mineira. Loryel Rocha explicou que o livro é a realização de um sonho de quase duas décadas e fruto do trabalho de muitos amigos e parceiros. Ele destacou, como marco importante da produção do livro, o reconhecimento da Serra do Espinhaço como Reserva da Biosfera, por parte da Unesco, em 2005. Um dos municípios integrantes da reserva é Conceição do Mato Dentro. Loryel ainda agradeceu o apoio na produção do livro do ministro da Cultura no governo Sarney e ex-governador do Distrito Federal, José Aparecido de Oliveira. Morto em 2007, José Aparecido é natural de Conceição do Mato Dentro e foi o primeiro secretário de Cultura de Minas Gerais. Cecília de Oliveira, filha de José Aparecido, agradeceu os elogios e lembrou a capacidade do pai para fazer amigos e mobilizar pessoas em torno de sonhos e utopias. Ela ainda lembrou o ideal do pai, como diplomata, de fazer o Brasil “voltar o olhar” para a África.
– Nossa alma nos une – disse Cecília.

Agência Senado

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