terça-feira, 30 de outubro de 2012

Quilombolas cobram informações de mineradora que atua em suas terras


A abertura de uma estrada já teve início no local, porém as comunidades que serão afetadas ainda não foram consultadas. Uma reunião convocada pelo Ministério Público Federal sobre o caso ocorre na segunda-feira.
(1’24” / 330 Kb) - Quilombolas do município de Oriximiná, no Pará, cobram informações da empresa Mineração Rio do Norte sobre seus planos de extração de minério na região. A abertura de uma estrada já teve início no local, porém as comunidades que serão afetadas ainda não foram consultadas. A reunião para debater o caso ocorrerá na próxima segunda-feira (29), na Procuradoria Geral da República, em Brasília (DF). Além da empresa, quilombolas e Ministério Público Federal, participam do encontro o Departamento Nacional de Produção Mineral, o Ibama, o Incra, entre outros. As comunidades da região da Calha Norte do Pará foram surpreendidas pelo maquinário e pessoas que trabalham na abertura de uma estrada. Sem terem sido informados ou consultados, os quilombolas que ocupam o território buscaram ajuda na Procuradoria da República de Santarém e na Comissão Pró-Índio. De acordo com pesquisa da Comissão, nas terras quilombolas em Oriximiná existem 94 processos de mineração. Destes pedidos, 26 são de bauxita, 33 de fosfato e 35 de ouro. De todas as empresas, apenas a Mineração Rio do Norte já desenvolve projeto de extração de minério no município. A empresa é a maior produtora de bauxita do Brasil, com 68% da produção nacional. Entre os seus principais acionistas está a mineradora Vale.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.
26/10/12

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