terça-feira, 18 de junho de 2013

Prefeitos e Funasa discutem projetos de saneamento básico para o Amapá

Apenas 3% dos municípios do estado são atendidos com rede de esgoto.

Elaboração de projetos é a principal dificuldade das prefeituras.


(Foto: Thaís Pucci/ G1)

Thaís Pucci/ G1 AP

Representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) estão no Amapá para analisar os projetos de saneamento básico de esgoto e água de municípios do estado. Ao longo da semana, 12 projetos dos municípios de Tartarugalzinho, Vitória do Jari, Porto Grande, Calçoene, Mazagão e Laranjal do Jari terão de ser readequados de acordo com a documentação exigida, para que sejam validados e recebam os investimentos. A Funasa atende a 14 municípios do estado, menos Macapá e Santana, que recebem investimentos do Ministério das Cidades e através de emendas. "Atuamos em municípios pequenos e distantes, com menos de 50 mil habitantes", informou Antonio Henrique de Carvalho Pires, diretor do departamento de saúde ambiental da Funasa. Todos os prefeitos dos municípios atendidos pelo órgão tiveram até o dia 5 de abril para fazer o pré-cadastro e apresentar os projetos de saneamento com orçamentos, planilhas, gráficos e plantas topográficas. De 17 a 21 de junho, em todo o país, mais de 3 mil municípios deverão apresentar as peças básicas do projeto inicial, que comprovam sua existência. Elas serão analisadas ao longo da semana. O Amapá recebeu um engenheiro de Brasília para analisar e fazer este check-list. Segundo Pires, o Ministério do Planejamento estima que até o fim de outubro os municípios já tenham o empenho destes recursos. "A maior obra de abastecimento de água da Funasa está em execução no município de Laranjal do Jari. Foram R$ 29 milhões em investimentos", afirmou. A partir de janeiro de 2014, todos os municípios deverão ter o plano municipal de saneamento básico. Os que não apresentarem o plano ficarão impedidos de receber qualquer recurso do Governo Federal ou ministérios. O Amapá possui 6 municípios atendidos pela Funasa, que estão desenvolvendo o plano. "Estamos fechando um convênio com a 'Associação dos Municípios' para realizar o plano dos 8 municípios restantes", lembrou Pires. José Roberto Galvão, superintendente da Funasa no Amapá, comentou sobre o número de pessoas atendidas no interior, com a infraestrutura de esgoto. "Dos 14 municípios atendidos pela Funasa, atualmente apenas 3% da população possuem esgoto no interior do estado", alertou. Segundo ele, o saneamento básico reflete na saúde, melhora a qualidade de vida das pessoas. "A realização destas obras serão uma grande evolução para o estado", disse. Mazagão, que está a aproximadamente 30 quilômetros de Macapá, investe na elaboração de projetos de saneamento básico, e possui um engenheiro voltado para o desenvolvimento dos planejamentos, segundo informou o prefeito Dilson Borges. "Muitas vezes tentamos recursos, porém, se não apresentamos os projetos necessários, não obtemos sucesso. Hoje, temos R$ 4 milhões em recursos com a Funasa, e uma equipe trabalhando no interior", falou o prefeito, acrescentando: "Mazagão vai mudar muito. Estamos conseguindo muitos recursos para o município, cerca de R$ 30 milhões", disse. O representante da prefeitura de Oiapoque, a 560 quilômetros da capital, Ivanildo Luz, afirmou que já está se preparando para a exigência nacional de apresentação de projetos. "Oiapoque tem pactuado R$ 15 milhões em recursos da Funasa, e está desenvolvendo o saneamento e a distribuição de água. Começamos o desenvolvimento do plano municipal de saneamento básico e estamos catalogando os dados até outubro", garantiu. Segundo ele, o projeto da universalização da água, que garantirá o abastecimento de 100% do município, pode levar 20 anos.

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