quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Justiça absorve ex-governadores acusados de utilização ilegal de recursos públicos

Por Daian Rodrigues/Jornal do Dia


Na terça-feira (7), o juiz titular da 4ª Vara Criminal de Macapá, Matias Neto, absorveu os ex-governadores, Waldez Góes e Pedro Paulo Dias pela acusação da utilização ilegal de R$ 68 milhões de recursos públicos provenientes do pagamento dos empréstimos consignados de servidores públicos. Na sentença proferida ontem (7), o magistrado destacou que a denúncia do Ministério público do Amapá não mostrou de maneira clara o desvio de dinheiro público pelos acusados, logo não havia como reconhecer que eles haviam praticado o crime de peculato. O advogado Cícero Bordalo Jr, que fez a defesa dos ex-governadores, enfatiza que em nenhum momento houve o crime. “Não houve apropriação de um centavo sequer. O dinheiro não pertencia aos cofres públicos do Amapá, mas sim aos bancos e aos servidores públicos. Isso configura que não existe crime de peculato, que é quando um servidor público se apropria de um bem que pertence ao Estado”, salienta. Na sentença, o juiz aborda este fato em sua decisão: “Não deve deixar de ser registrado o fato de que a verba apropriada por determinação dos gestores, não integra o rol de receita do Estado, eis que pertencem aos servidores públicos”. Bordalo explicou por que o dinheiro que deveria ser utilizado para o pagamento de empréstimos consignados precisou ser usado para cobrir outras despesas do Governo do Estado. “Tivemos uma crise econômica instalada no Estado em decorrência da crise mundial, o que fez com que o Amapá tivesse apenas um orçamento de receita fictício, mas sem orçamento financeiro disponível. Por isso houve essa alocação dos valores para outras siglas”, esclarece. Na decisão, também foram absorvidos além de Waldez Góes e Pedro Paulo, outros três ex-secretários de Planejamento do Estado.

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